Trump quer barrar visto para obesos: como vai funcionar


EUA ampliam critérios e podem barrar vistos para pessoas obesas
O governo de Donald Trump, que já vem fechando o cerco para a entrada e permanência de estrangeiros nos Estados Unidos, começará a avaliar atambém questões de saúde de solicitantes de vistos para autorizar ou não entradas no país.
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Uma lista de doenças como a hipertensão, a diabetes e a obsesidade podem agora ser justificativa para barrar cidadãos estrangeiros.
A nova diretriz já foi passada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos a embaixadas e consulados dos EUA pelo mundo, de acordo com a agência de notícias norte-americana Associated Press, que teve acesso ao documento na terça-feira (11).
Entenda, abaixo, como funcionarão as restrições — e quem pode ser alvo dela:
O que é a nova diretriz?
A nova diretriz é uma orientação — não necessariamente com caráter obrigatório — do governo dos Estados Unidos que foi emitida na semana passada a embaixadas e consulados através de um comunicado do Departamento de Estado, segundo a Associated Press, que teve acesso ao documento.
A diretriz determina que os funcionários de embaixadas e consulados façam uma análise ampla e detalhada de solicitantes de visto, incluindo, agora, informações sobre condições de saúde pré-existentes.
Quais doenças ou condições médicas serão analisadas?
Entre as condições médicas que podem desclassificar um candidato a visto estão:
Doenças crônicas;
Obesidade;
Hipertensão;
Doenças cardiovasculares, metabólicas e neurológicas (não foram especificadas quais);
Depressão;
Ansiedade;
Condições de saúde mental que possam exigir “centenas de milhares de dólares em cuidados”.
A nova diretriz exige que funcionários consulares devem considerar também detalhes dos candidatos, como:
Idade;
Saúde;
Estado civil;
Finanças;
Educação;
Habilidades gerais;
Se houve uso anterior de benefícios sociais do governo dos EUA;
Proficiência em inglês.
Essas condições serão um fator de exclusão automático?
Não, também segundo o documento emitido às embaixadas e consulados.
A ideia é que essas condições de saúde sejam levadas em conta dentro um leque de vários outros fatores, como documentação correta, comprovação de renda que esteja de acordo com o tipo de visto exigido, contrato de trabalho, caso seja um visto de trabalho, e até análise de redes sociais.
Atualmente, quem pede vistos para os EUA, excluindo os de curta distância como os de turismo, já passa por um exame médico realizado por um médico credenciado pela Embaixada dos EUA no país de origem.
Para que tipo de vistos a análise se aplicará?
Oficialmente, o governo dos EUA ainda não falou sobre a nova diretriz. Mas autoridades norte-americanas com conhecimento da nova orientação disseram à AP que a mudança se aplica aos vistos para estrangeiros que desejam permanecer no país.
Ou seja, vistos de estadias curtas, como turísticas, devem ficar de fora.
Por que os EUA aplicarão a nova restrição?
Segundo a Associated Press, o objetivo da nova medida é garantir que os imigrantes não precisem recorrer a benefícios públicos do governo em nenhum momento após a entrada nos EUA.
O porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, disse na terça que trata-se de “priorizar os interesses do povo americano”. “Isso inclui a aplicação de políticas que garantam que nosso sistema de imigração não seja um fardo para o contribuinte americano.”
Atualmente, estrangeiros que buscam entrar nos EUA já precisam informar alguns dados médicos. No entanto, eles são avaliados apenas para identificar doenças transmissíveis e precisam informar históricos de uso de drogas ou álcool, além de condições de saúde mental ou episódios de violência.
O presidente Donald Trump, em 10 de novembro de 2025
REUTERS/Kevin Lamarque
O documento afirma ainda que as embaixadas devem avaliar a proficiência em inglês dos candidatos, podendo fazer isso por meio de entrevistas no idioma.
A nova diretriz também orienta funcionários consulares a solicitar comprovantes bancários e financeiros sempre que o candidato quiser usar seus recursos para demonstrar que tem meios próprios de sustento. Isso inclui extratos, comprovantes de bens, poupança e investimentos.
Desde que voltou ao cargo em janeiro, o presidente Donald Trump tem promovido uma ofensiva ampla na área de imigração, endurecendo regras para estrangeiros que querem entrar no país e também para quem já está nele.
Especialistas em política migratória afirmam que a nova orientação pode reduzir o número de vistos de imigrantes e não imigrantes concedidos, além de afetar de forma desproporcional alguns grupos, como idosos e pessoas de baixa renda.
“O governo Trump está colocando os interesses do povo americano em primeiro lugar”, disse na terça-feira o porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott.
“Isso inclui aplicar políticas que garantam que nosso sistema de imigração não seja um peso para o contribuinte americano.”
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