
Exemplo de Veículo Leve sobre Pneus (VLP) exibido em audiência pública no Rio
Divulgação/Prefeitura do Rio
A Câmara de Vereadores do Rio aprovou em sessão nesta quinta-feira (23), de forma definitiva, o projeto de lei da prefeitura que prevê a substituição de corredores de BRT da Transcarioca e da Transoeste por linhas de VLT – veículo leve sobre trilhos – ou VLP – o veículo leve sobre pneus, uma alternativa mais barata e de igual capacidade.
A proposta, que segue agora para sanção do prefeito Eduardo Paes, também previa, originalmente, a expansão das linhas de VLT do Centro da Cidade para a região de São Cristóvão.
Os vereadores incluíram, ainda, emendas que autorizam a expansão dessas linhas para a Ilha do Governador, na Zona Norte, e até Botafogo, na Zona Sul do Rio.
Veja na reportagem abaixo detalhes sobre o projeto da prefeitura:
Prefeitura do Rio propõe transformar corredores do BRT em VLT ou VLP; projeto pode custar R$ 12 bilhões
Em audiência pública na semana passada, a Prefeitura afirmou que ainda não havia uma definição sobre o modelo a ser adotado – VLT ou VLP – nos corredores de ônibus expressos já existentes. A secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, destacou os estudos desenvolvidos em parceria com o BNDES para avaliar as adaptações necessárias. “Os investimentos são mais altos, mas a qualidade é maior e perdura por mais tempo. A vida útil de um ônibus é menor que a de um trem”, afirmou ela na audiência.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Carneiro, apresentou o cronograma para as obras de adaptação, que ainda não têm data prevista para início. Segundo ele, toda a transformação dos corredores de BRT levaria 45 meses, com início de uma operação parcial na metade deste tempo. Ele destacou que a opção do VLP teria um custo menor para o município.
“Visitamos as duas únicas fábricas do mundo com essa tecnologia, na China. Ela parece promissora em termos de custo-benefício, mas ainda precisamos compreender melhor seu funcionamento.””, afirmou.
O vereador Paulo Messina (PL), afirmou que a opção por transporte sobre trilhos já deveria ter sido adotada quando os corredores de BRT começaram a ser implementados, em 2010. “Construir uma calha fixa e botar o transporte sobre rodas é um contrassenso. 15 anos atrás eu disse exatamente isso, nesta mesma tribuna. E agora, uma década e meia depois, a prefeitura me dá razão. O transporte sobre trilho chegará com 15 anos de atraso. Antes tarde do que nunca”, discursou Messina.