Wepink: sócio de Virginia disse que empresa faz 13 mil vendas por dia em vídeo usado pelo MP em ação por supostas práticas abusivas


Vídeo do sócio de Virgínia dizendo que alta demanda causou atraso é usado pelo MP em ação
Um vídeo do sócio de Virgínia Fonseca, Thiago Stabile, diz que as vendas da WePink subiram de 200 mil para 400 mil por mês, o que contabiliza em 13 mil vendas por dia. O vídeo é de uma live dos sócios citada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) em ação por práticas abusivas da empresa (veja o vídeo acima).
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O g1 entrou em contato com a defesa da empresa, mas não obteve resposta. Nesta sexta (70), o advogado Felipe de Paula informou que a WePink ainda não foi citada legalmente e que a empresa não manifestará até que seja citada.
Quanto à autuação do Procon, o advogado da empresa informou que está tratando com o órgão para tentar a revogação da multa, pois continua dentro do prazo recursal.
Em nota enviada no dia da autuação do Procon, a defesa declarou que atualmente a empresa não tem atrasos frequentes e ressalta que a nota da WePink no Reclama Aqui é de 8.1 e o índice de resolução é de 93% (veja a nota completa ao final do texto).
Ação do MP por práticas abusivas
Vídeo do sócio de Virgínia na WePink dizendo que alta demanda causou atraso em entregas é usado pelo MP em ação por práticas abusivas
Reprodução/Titok de danny.dally7 e Reprodução/Instagram da WePink
A ação foi protocolada na quarta-feira (8), em conjunto com a autuação do Procon contra a WePink. A empresa de cosméticos teve 120 mil reclamações registradas em menos de 2 anos, segundo o MP. No vídeo, Stabile relatou que teve problemas de abastecimento em razão da alta demanda.
“Tivemos um problema de abastecimento porque a gente cresceu muito rápido. […] De fato, demora algumas vezes porque algumas matérias-primas acabam, porque a gente vende muito, mas estamos resolvendo”, contou.
Diante dessas declarações e das reclamações dos consumidores, o MP aponta “má-fé empresarial” e “dolo na condução das vendas massivas”, já que houve declaração pública do aumento da demanda e da falta de matéria-prima para atender os pedidos. Segundo o órgão, a alta demanda aumentou a verba da empresa, o que possibilitaria a contratação de mais funcionários para atender os pedidos.
O órgão explicou ainda que a estratégia de ofertas-relâmpago, utilizada pela empresa, induz à compra impulsiva e explora a vulnerabilidade psicológica das pessoas. Além disso, o MP afirmou que o uso da imagem da Virgínia agravou isso, já que milhares de seguidores confiam em sua recomendação.
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Reclamações contra WePink
Na ação contra a empresa de cosméticos da Virginia, o Ministério Público apontou que a WePink já tem 30 mil reclamações registradas até a data da ação, ao longo do ano de 2025. Em 2024, a empresa acumulou 90 mil queixas. Segundo o órgão, o número total de reclamações pode chegar a 300 mil consumidores, considerando aqueles que não reclamaram oficialmente.
Élvio Vicente da Silva, promotor de justiça, ressaltou que consumidores também denunciaram a falta de entrega de produtos pagos, dificuldades na hora de solicitar o reembolso e um péssimo atendimento pós-venda.
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O MP listou as seguintes práticas abusivas contra a WePink:
Falta de entrega de produtos: consumidores que pagaram pelos produtos e nunca receberam;
Descumprimento de prazos: alguns atrasos ultrapassaram sete meses;
Dificuldade de reembolso: resistência da empresa em devolver valores pagos;
Atendimento deficiente: o sistema é automatizado, mas não resolve os problemas;
Exclusão de críticas: a empresa removeu comentários negativos nas redes sociais;
Produtos com defeito: os cosméticos chegam estragados na entrega e estão diferentes do enunciado.
WePink, de Virginia Fonseca, é autuada pelo Procon
Reprodução/Instagram da WePink
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